O Paradoxo do Paradigma

Ainda não terminei meu planejamento de vida, talvez por ter escolhido uma coisa mais elaborada, fazer o planejamento da vida primeiro do que escolher o que fazer esse ano somente.

Se eu não conseguir colocar no papel, e mais importante tirar do meu coração e da minha mente o que eu desejo para mim ao longo da vida, pouco vai importar os resultados que terei nesse ano.

Têm um ditado que diz "se você não sabe onde ir, qualquer lugar serve"*, e realmente não quero qualquer coisa para mim!

Divagando pensei em voltar para uma faculdade, ou tentar um mestrado, ou fazer um curso, ou montar um negócio...

São muitas opções, por isso acho mais importante saber exatamente o que eu quero ao invés de ficar atirando para todos os lados, ou atirar em um lado que após alguns anos poderei ver que não foi a melhor escolha.

É importante eu não demorar muito, pois a vida é curta, muito curta, mas tenho que cultivar alguma coisa, por isso não quero ser apressado também.

A busca do que eu quero da vida passa da pergunta das coisas que eu gosto, ou do que eu gostaria.  Eu gosto de atividades que sejam dinâmicas, que mudem constatemente, que sejam desafiadoras, que exijam que eu dê minha opinião, ou melhor dizendo, minha habilidade pessoal faça a diferença.

Penso em ser diplomata, mas para conseguir passar em um concurso é muito complicado.  Também temo por uma vida com muitas viagens, tantas que a própria viagem se torne uma rotina que não dê a oportunidade de se tirar vantagem de se ter essa carreira, de saborea-la.

Na minha cabeça vem a mensagem de que não quero ser um diretor de uma grande empresa - é mentira dizer que tal função seria ruim, mas a grande verdade que ainda carrego em mim o pensamento de que dificilmente meu esforço será válido, uma hora ou outra teria que abandonar a empresa por causa da minha natureza volúvel ou por maiores desafios ou grana, ou a própria empresa me abandonaria...muitas vezes depois de muitos anos de trabalho.  A última opção tem sido recorrente hoje em dia.

Entrar para a Escola de Direito e tornar-me advogado pode ser uma opção interessante se eu não advogar...a maioria dos advogados não ganham tão bem quanto eu gostaria, o mercado está saturado, já estou com quase 30 anos...A outra opção seria tentar concursos na área jurídica, esses sim dão uma boa grana...mas aí entra o mesmo problema da diplomacia...sem contar que eu não preciso fazer mais 5 anos de faculdade para começar a estudar para um concurso....poderia faze-lo imediatamente e ecomizar o tempo e dinheiro do curso de direito, afinal tem concursos para minha área que pagam tão bem quanto um defensor público.

Queria trabalhar com política, mas não tenho família na política....talvez devesse realmente fazer um mestrado, quem sabe em políticas públicas e então tentar alguma consultoria na área ou concurso....

Ser um consultor é o melhor trabalho que qualquer pessoa poderia querer....

Deixa eu ir dormir e pensar nessas idéias...

Boa noite


*Não consegui encontrar a fonte. Deixo abaixo a música que vi o clipe hoje, Bob é a trilha sonora de uns dos melhores momentos de minha vida.